Programa de Pós-Graduação em Geociências (PPGeoc)
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Defesa de Tese de Doutorado n.º 10 em 2024
“PETROGRAFIA, GEOQUÍMICA E GEOCRONOLOGIA DE APLITOS DE GRANITOS PEGMATÍTICOS DA PROVÍNCIA PEGMATÍTICA DO SERIDÓ: implicações petrogenéticas e relações com mineralizações”
Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE
Defesa de Tese de Doutorado n.º 10 em 2024
Aluno(a): Clarissa de Aguiar Dalan
Orientador(a): Dr. João Adauto de Souza Neto
Coorientador(a): Dr. Ricardo Guimarães Sallet (UFRN)
Título: “PETROGRAFIA, GEOQUÍMICA E GEOCRONOLOGIA DE APLITOS DE GRANITOS PEGMATÍTICOS DA PROVÍNCIA PEGMATÍTICA DO SERIDÓ: implicações petrogenéticas e relações com mineralizações”
Data: 29/11/2024
Horário: 9h
Local: videoconferência através do Google Meet: https://meet.google.com/xme-hvik-ctr
Banca Examinadora:
Presidente:
Dr. João Adauto de Souza Neto (Orientador)
Titulares:
1.º Examinador(a): Dr. Ciro Alexandre Ávila (UFRJ)
2.º Examinador(a): Dr. Gorki Mariano (PPGEOC/CTG/UFPE)
3.º Examinador(a): Dr. Lauro Cézar Montefalco de Lira Santos (PPGEOC/CTG/UFPE)
4.º Examinador(a): Dr. Sebastião Rodrigo Cortez de Souza (UFPE)
5.º Examinador(a): Dr. Sérgio Pacheco Neves (PPGEOC/CTG/UFPE)
Suplentes:
1.º Examinador(a): Dr. Marcos Antonio Leite do Nascimento (UFRN)
2.º Examinador(a): Dr.ª Valderez Pinto Ferreira (PPGEOC/CTG/UFPE)
Resumo:
As rochas pegmatíticas cambrianas da Província Pegmatítica do Seridó representam os estágios finais do magmatismo associado ao Ciclo Brasiliano - Pan Africano, no Domínio Rio Grande do Norte. Estas rochas intrudem rochas metassedimentares neoproterozoicas (Grupo Seridó) e ortognaisses paleoproterozoicos (Complexo Caicó). Aplitos ocorrem em bandamentos alternados nos granitos pegmatíticos não zonados, em duas fácies mutuamente exclusivas: (i) fáceis a muscovita (cinza) com muscovita + granada ± biotita (Marcação, Parelhas, Capoeira, Pedra Redonda, Serra Verde, Potengi, Dique Não Zonado (DNZ) – Mufumbo) e (ii) fácies a magnetita (vermelha) com biotita + magnetita (Bordeaux, Areias, Picuí, Pedra Lavrada, Sabugi, Lajinha, Serra do Chafariz e DNZ-Acari). Devido à sincronicidade das texturas aplíticas e pegmatíticas, o presente estudo objetiva utilizar os aplitos, por melhor representatividade de amostragem, para petrografia, geoquímica e geocronologia U-Pb SHRIMP em zircão, e elucidar a gênese dos granitos pegmatíticos. Os aplitos são hololeucocráticos a leucocráticos, equigranulares e isotrópicos, por vezes bandados. Possuem feldspato potássico (principalmente microclina), com rara pertita, plagioclásio (oligoclásio) e quartzo. Os minerais acessórios variam, sendo turmalina ± apatita ± zircão ± monazita ± xenotima ± minerais opacos nos aplitos a muscovita, e ± minerais opacos ± zircão ± allanita ± monazita ± xenotima ± apatita naqueles a magnetita. As texturas micrográfica e mirmequítica são comuns. Geoquimicamente, os aplitos se classificam de tonalito a sienogranito. No diagrama R1-R2, os aplitos a muscovita apresentam trend mais restrito álcali-granito - granito magnetita, enquanto os a magnetita exibem trend positivo de álcali-granito a granodiorito. Os aplitos a muscovita são peraluminosos (ASI = 1,01 a 1,22), com concentrações relativamente elevadas de Al2O3 (até 15,83%) e P2O5 (até 0,82%), sendo mais fracionados (K/Rb média de 21,73; n=19) e enriquecidos em Rb, Cs, Nb, Ta e Li em relação aos a magnetita. Estes últimos são metaluminosos à fracamente peraluminosos (ASI = 0,97 a 1,08), com concentrações mais elevadas de CaO (até 2,57%) e Na2O (até 5,83%), menos fracionados (média K/Rb média de 31,38; n=19) e mais enriquecidos em Sr, Ba, U, Pb, Y e ETR. Quando normalizados pela crosta continental superior, os aplitos mostram enriquecimento em ETR pesados em relação aos leves (LaN/YbN = 0,01 – 0,79, exceto o aplito Areias (a magnetita) que apresenta o inverso (LaN/YbN = 5,73). Anomalias negativas de Eu são comuns, exceto em algumas amostras dos aplitos Bordeaux, Areias e Lajinha, todos a magnetita. Zircões imageados (catodoluminescência e elétrons retroespalhados) revelam texturas de zoneamento ígneo, zoneamento convoluto e núcleos porosos, indicativos de interação com fluidos em processos de dissolução-reprecipitação. As datações U-Pb SHRIMP em zircão dos aplitos forneceram idades concordantes de 527 ± 5Ma (Bordeaux), 535 ± 3Ma (Lajinha), 558 ± 7Ma (Marcação) e 562 ± 6Ma (Capoeira). Essas idades revelam uma relação temporal entre pegmatitos e mineralizações de W-Mo em skarns na região (524 ± 2Ma a 554 ± 2Ma; Re-Os em molibdenita). Com base nos resultados, pode-se inferir que os aplitos a muscovita e a magnetita derivam de fontes distintas, sendo esses últimos 30Ma mais jovens.
Palavras-chave: aplitos; petrografia; geoquímica; geocronologia; Província Pegmatítica do Seridó